A festa de Santa Maria Madalena sofreu uma baixa considerável no seu leilão de gado, que sempre foi um ponto forte em sua programação. Em princípio o leilão chegou a acontecer pelas manhãs, mas este ano ele se estendeu até as 18-19h mas com poucos interessados. Apenas para lembrar, em alguns leilões existia até a disputa política pela compra daquele animal oferecido para arremate e quem saia por cima dessa situação sempre, era a paróquia, cujo comprador sempre pagava muito mais do que o valor do animal. Manoel Gomes de Barros e Afrânio Vergeti(in memoriam) protagonizaram muito isso as vezes com seus aliados políticos que ofereciam valores sempre maior que o outro até a compra. Mas em 2023 a festa do leilão sofreu muito com a ausência de pecuaristas, de pessoas interessadas nas ofertas, sempre doadas por fiéis da padroeira de União dos Palmares, Santa Maria Madalena, que residem na Zona Rural. Doar um bicho a padroeira era sinal de prosperidade na colheita ou na reprodução dos animais. Em dois registros fotográficos é possível notar animais de baixo peso, quase sempre garrotes difícil de encher os olhos dos pecuaristas que foram dá uma espiadinha no leilão que um dia foi um dos mais disputados nas festas da Zona da Mata. Vamos contrariar desta vez o poeta, Belchior que disse: O passado é uma calça velha que não nos serve mais, mas desta vez vale lembrar com orgulho que o passado de fartura que o leilão de Santa Maria Madalena sempre foi, nos enche de orgulho. Diga não ao fim de uma tradição.